A Saúde Mental do brasileiro está em dia?

Você tem cuidado da sua saúde mental como tem cuidado da sua saúde física?

Para muitos, este é um tema que fica de lado, mas que tem tanta importância quanto a saúde física.

Por causa disso foi criado o movimento Janeiro Branco. Para que todos os brasileiros se conscientizem que, podemos sim adoecer e, portanto, precisamos estar sempre atentos a nossa saúde mental.

Nunca ouvimos falar tanto sobre esse assunto como nos últimos tempos, embora anteriormente tenha sido muitas vezes negligenciado.

Afinal, nossa saúde mental é responsável por garantir nosso bem-estar e qualidade de vida. Portanto, precisamos ter atenção máxima ao assunto.

Quantas vezes você já deixou de fazer algo simplesmente por não estar se sentindo bem?

Assim como um mal estar acaba nos privando de fazer outras atividades simples, as doenças que atingem a saúde mental também nos afetam dessa forma.

Não à toa, pessoas que sofrem com depressão, ansiedade, entre outras doenças emocionais, são constantemente abatidas pela falta que o bem-estar faz em suas vidas.

Saiba a diferença entre estar saudável e não estar doente

A Organização Mundial da Saúde (OMS), em 1946, definiu saúde como um estado de completo bem-estar físico, mental e social, e não apenas como a ausência de doença ou enfermidade.

Portanto, o conceito de “saudável” é muito maior do que o simples fato de não haver doença. Estar saudável significa, portanto, gozar de bem-estar, tanto físico quanto emocional.

É preciso estar atento não apenas ao que comemos, à quantidade de exercícios que praticamos, ao nosso condicionamento físico, e aos exames de rotina, mas também ao nosso bem-estar.

Procurar por um psicólogo ou um psiquiatra é uma forma de garantir que sua saúde mental está em dia. É reconhecer que precisa de ajuda igualmente como precisa de um médico para suas rotinas de checkup.

Desta maneira, é o primeiro passo de uma longa jornada de autoconhecimento que com certeza te levará ao bem-estar.

O Brasil tem hoje a maior taxa de transtorno de ansiedade do mundo, segundo a Organização Mundial da Saúde.

Desde 2017, segundo matéria do G1, o Brasil tem o maior índice de pessoas com transtornos de ansiedade em todo o mundo. Já eram quase 19 milhões de brasileiros com a qualidade de vida comprometida.

E aí veio o coronavírus – que desencadeou transtornos mentais – e piorou a situação de quem já sofria com eles.

Sabemos que muitas coisas podem nos desestabilizar mentalmente, como traumas psicológicos, bullyings, entre outros. Por isso, temos que adotar um comportamento preventivo.

Atualmente os planos de saúde tem cobertura mínima obrigatória de 40 consultas/sessões, por ano de contrato, quando preenchido pelo menos um dos critérios definidos pela ANS. Veja lista de atualizações de coberturas da ANS.

Mudanças bruscas de personalidade, incapacidade de enfrentar problemas do dia a dia, ansiedade desmedida, desânimo a ponto de prejudicar as atividades diárias, abuso de drogas ou álcool e insônia recorrente são sinais que precisam ser investigados e tratados de forma adequada.

Saúde mental na pandemia

Segundo matéria da ANS, em contexto de pandemia, é recorrente o aumento de sofrimento psíquico na população, principalmente em quem já tinha fatores preexistentes.

É esperado que o frequente estado de alerta, preocupação, solidão e sentimento de falta de controle frente às incertezas do momento, aumente o estresse e sofrimento psíquico. Em caso de sofrimento intenso, a procura por ajuda especializada é primordial.

De acordo com a Fundação Oswaldo Cruz, estima-se que entre um terço e metade da população exposta a uma epidemia pode sofrer alguma manifestação psicopatológica, caso não seja feita nenhuma intervenção de cuidado específico para as reações e sintomas manifestados.

A rápida mudança nos modos de vida habituais pode contribuir para o desencadeamento de reações e sintomas de estresse, ansiedade e depressão.

Observa-se também, maior probabilidade de ocorrência de distúrbios do sono, abuso de substâncias psicoativas, bem como agravamento de transtornos mentais preexistentes.

Cuidados e recomendações

A Fiocruz lançou uma série de cartilhas com recomendações para o enfrentamento dos desafios à saúde mental e atenção psicossocial no contexto da pandemia.

Nas publicações, destinadas a grupos específicos como trabalhadores dos serviços de saúde, gestores, psicólogos hospitalares, crianças, cuidadores de idosos, são descritas, por exemplo:

  • reações comportamentais mais frequentes,
  • danos psicológicos oriundos do confinamento
  • dicas sobre o uso de medicamentos e consumo excessivo de informações.
Confira aqui algumas recomendações:
  • Reconheça e acolha seus receios e medos, procurando pessoas de confiança para conversar
  • Retome estratégias e ferramentas de cuidado que tenha usado em momentos de crise ou sofrimento e ações que trouxeram sensação de maior estabilidade emocional
  • Invista em exercícios e ações que auxiliem na redução do nível de estresse agudo (meditação, leitura, exercícios de respiração, habilidades manuais)
  • Se você estiver trabalhando durante a epidemia, fique atento a suas necessidades básicas, garantindo pausas sistemáticas durante o trabalho (se possível em um local calmo e relaxante) e entre os turnos.
  • Invista e estimule ações compartilhadas de cuidado, evocando a sensação de pertencimento social (como as ações solidárias e de cuidado familiar e comunitário)
  • Mantenha ativa a rede socioafetiva, estabelecendo contato, mesmo que virtual, com familiares, amigos e colegas;
  • Evite o uso do cigarro, álcool ou outras drogas para lidar com as emoções
  • Busque um profissional de saúde quando as estratégias utilizadas não estiverem sendo suficientes para sua estabilização emocional
  • Busque fontes confiáveis de informação e reduza o tempo que passa assistindo ou ouvindo coberturas midiáticas

Compartilha com a gente, se você está cuidando da sua saúde mental.

Fontes: G1, ANS, Barela, Qualicorp

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