Tanto junho Vermelho, campanha de conscientização sobre a doação de sangue, quanto junho Laranja, mês da conscientização sobre anemia e leucemia, são campanhas que mesmo tratando de temas diferentes, ambas visam conscientizar a população sobre a saúde do sangue e a importância de ações que salvam vidas.
A complementaridade entre o junho Vermelho e o junho Laranja é significativa.
Nesse contexto, a campanha de incentivo à doação de sangue Junho Vermelho oferece suporte essencial à causa do Junho Laranja, que tem como foco a conscientização sobre doenças hematológicas e seus tratamentos.
Ao integrar essas duas iniciativas, o mês de junho se consolida como um período de ampla mobilização em prol da saúde do sangue, destacando a importância da solidariedade por meio da doação e da informação como ferramenta para o diagnóstico precoce e o tratamento adequado, no caso da anemia e leucemia.
A principal meta do Junho Vermelho é garantir que os estoques de sangue e seus componentes estejam sempre abastecidos nos hemocentros, garantindo o funcionamento do sistema de saúde.
O sangue coletado é utilizado em diversas situações, como:
- Emergências: Vítimas de acidentes, queimaduras graves ou cirurgias de urgência que precisam de transfusões imediatas para sobreviver.
- Tratamentos contínuos: Pessoas com doenças crônicas, como anemia falciforme, talassemia, hemofilia ou em tratamento contra o câncer (quimioterapia e radioterapia), dependem de transfusões regulares para manter a qualidade de vida.
- Cirurgias eletivas: Muitos procedimentos cirúrgicos programados só podem ser realizados com a garantia de sangue disponível, assegurando a segurança do paciente durante e após a operação.
Os hemocentros em todo o Brasil passam por um desafio recorrente, que é a queda significativa no número de doadores de sangue nos meses de frio, por isso a importância de campanhas como esta, onde o Ministério da Saúde incentiva a doação voluntária e regular de sangue e promove a doação como um gesto altruísta que pode salvar vidas.
No Brasil, o Ministério da Saúde define critérios específicos para a doação de sangue, sendo eles:
- Ter entre 16 e 69 anos (menores de 18 devem apresentar autorização dos responsáveis).
- Pesar, no mínimo, 50 kg.
- Estar em boas condições de saúde.
- Não ter ingerido bebidas alcoólicas nas 12 horas anteriores à doação.
- Estar alimentado, evitando refeições gordurosas antes da coleta.
Enfim, buscar a visibilidade para o tema serve para educar sobre quem pode doar, os benefícios da doação e para combater mitos e medos que ainda afastam muitos possíveis doadores.
Já Junho Laranja foca na conscientização sobre a anemia e a leucemia, duas condições que afetam o sangue e a medula óssea.
A anemia é uma condição muito comum, mas ainda causa muitas dúvidas nas pessoas. Já a leucemia, apesar de ser mais rara, também merece atenção, pois é o tipo de câncer mais comum em crianças.
Em geral, uma pessoa “anêmica” pode apresentar um conjunto de sintomas que refletem a baixa quantidade disponível de glóbulos vermelhos na circulação sanguínea, causando, fadiga, falta de ar aos esforços e/ou em repouso, palpitações, claudicação, sonolência e confusão mental.
O tratamento da anemia, de forma geral, tem como objetivo aumentar os níveis de hemoglobina e corrigir a deficiência de nutrientes no sangue, mas é importante reforçar e destacar que a anemia é apenas um sinal de que existe uma doença e que, portanto, necessita de uma investigação da causa que resultou na anemia.
Já a leucemia é o câncer mais frequente em crianças e um dos mais comuns no mundo, e caracteriza-se como uma doença maligna dos glóbulos brancos, que afeta o sangue e a medula óssea.
Ela pode ser classificada em relação à velocidade de evolução (aguda ou crônica) e pelo tipo celular predominantemente afetado (linfoide ou mieloide).
Sintomas mais comuns:
- Cansaço excessivo
- Febres frequentes ou infecções
- Palidez
- Sangramentos ou hematomas fáceis
- Dores nos ossos ou articulações
- Aumento dos gânglios linfáticos (ínguas)
O tratamento da leucemia varia conforme o tipo e estágio da doença, mas pode incluir:
- Quimioterapia
- Radioterapia
- Transplante de medula óssea
- Imunoterapia ou terapia-alvo (tratamentos mais modernos, quando disponíveis)
Precisamos lembrar sempre que o diagnóstico precoce é essencial para aumentar as chances de cura.
Portanto é fundamental cuidar sempre do seu sangue, fazendo exame de rotina que permite avaliar diversos fatores de risco para doenças, como diabetes, cardiovasculares, metabólicas, além de outras enfermidades.